terça-feira, 1 de novembro de 2011

Guerra dos sexos no mercado de trabalho

Cassiane Seben*



Foto: blog Benditaseja

Desde que as mulheres entraram no mercado de trabalho muitas coisas mudaram. Antes, as mulheres se dedicavam aos trabalhos domésticos e cuidar dos filhos. Agora, ambos trabalham igualmente, mas será que ambos são reconhecidos igualmente nas mesmas profissões? A luta da mulher pela igualdade, e a do homem pela desigualdade é a tão famosa batalha chamada de Guerra dos Sexos.


Para sabermos o que pensam pessoas que estão envolvidas com essas situações, você confere a seguir duas entrevistas.

A primeira é com aluna de Engenharia Civil da Universidade de Passo Fundo, Jaqueline Gonçalves, que convive em um ambiente de estudo onde a maciça maioria dos colegas são homens e que consequentemente no mercado de trabalho disputará vagas com homens.


ComArte: Como foi a escolha do curso? Passou a idéia de um “preconceito” por ser teoricamente masculino?
Jaqueline: Escolhi esse curso porque gosto da área, gosto de números, de planejar. Eu lembro que quando decidi o que ia cursar sabia que enfrentaria um pouco de preconceito. Mas eu acho que estando bem preparado não importa o sexo.


ComArte: Como é o convívio na faculdade com os homens? Tem muito mais homens que mulheres na turma?

Jaqueline: A turma é composta 80% por homens e o convívio é bom com a grande maioria. Porém, sempre tem aqueles que se acham superiores, e que as mulheres não entendem nada. As piadinhas são muito comuns, mas normalmente só por brincadeiras mesmo.


ComArte: E no trabalho, como pensa que vai ser a disputa para conseguir uma vaga?

Jaqueline: Acredito que hoje as coisas estão mais fáceis para as mulheres. Já estamos conseguindo nos posicionar no mercado de trabalho e provando que somos competentes. Não há dúvidas que irei competir com bem mais homens do que com mulheres, e que provavelmente, assim como na faculdade, terei mais colegas homens, mas me sinto igualmente preparada para disputar uma vaga, seja com um homem ou mulher.



A segunda entrevista é com o Engenheiro Eletricista, Tiago Rosado formado pela Universidade de Passo Fundo, e atualmente trabalha na área de tecnologia da empresa Stara.


ComArte: Você teve colegas mulheres na faculdade e tem hoje no trabalho? você vê uma competitividade entre homens e mulheres?

Tiago: Na faculdade tive apenas duas colegas mulheres durante todo o decorrer do curso, e hoje no trabalho, todo o setor de tecnologia é composto somente por homens. Até hoje não vi mulheres virem aqui trazer currículos para concorrer a vagas, portanto ainda não participei nem presenciei essa competitividade, pois na faculdade não havia isso.
 
ComArte: E como você vê a presença das mulheres na área da Engenharia? acha que são igualmente capacitadas?

Tiago: Na minha área especifica da engenharia, que é a elétrica, acredito que as mulheres tenham um pouco mais de dificuldade na parte prática do que os homens. Porque exige um pouco mais do interesse por isso que vem desde pequeno, quando desmontava carrinhos e outros brinquedos interativos para ver como funcionavam,. Coisa que é mais comum para os meninos. Mas acho que aquelas que optam por essa profissão se identificam. Têm interesse, e recebem o mesmo ensino que os homens recebem. Então acredito que são sim capacitadas para o mercado de trabalho.


*Cassiane Seben é aluna do VII nível de Jornalismo da UPF.

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