m
Júlia Fedrigo de Albuquerque
Nesta edição da ComArte, a Coordenadora do Curso de Jornalismo da Universidade de Passo Fundo, Sônia Bertol reflete sobre a polêmica decisão do Supremo Tribunal Federal pela não-obrigatoriedade do diploma para que se exerça o jornalismo.
m
m
m
m
m
m
m
m
m
m
ComArte: Quais as perspectivas de alterações no mercado de trabalho, a partir da aprovação da não-obrigatoriedade do diploma de jornalismo?
Sônia Bertol: Como o próprio presidente da ABERT (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) falou em entrevista, funções específicas do jornalismo, como editor, repórter, secretário de redação, etc., vão continuar sendo ocupadas por jornalistas, as empresas vão preferencialmente procurar jornalistas para ocupar esses cargos. Segundo a opinião dele, que representa esse segmento do mercado que batalhou muito pela queda do diploma de jornalismo, a questão era com os comentaristas, eles não concebiam que para ser comentarista tinha que ter diploma de jornalista. Então, comentário de economia, futebol, esporte, ciência, na opinião dos representantes do mercado que eu já ouvi, serão imediatamente ocupados por profissionais portadores de qualquer outro diploma.
ComArte: E no âmbito acadêmico, já se podem visualizar mudanças?
Sônia Bertol: Em termos de currículo, nós não sabemos ainda o que deverá mudar nas faculdades, porque nós temos várias entidades importantes – nós somos de uma categoria acadêmica muito organizada e uma categoria profissional também – que já estão reunidas com grandes nomes da comunicação, pensando nesse novo direcionamento que se vai dar.
ComArte: A não-obrigatoriedade do diploma de jornalismo para se exercer a profissão vem encontrando suporte nos exemplos estadunidense e europeu. Como você vê isso?
Sônia Bertol: É uma visão extremamente equivocada a de quem pensa que porque a Europa e os Estados Unidos não exigem diploma de jornalismo o Brasil também não precisa exigir. É exatamente o contrário. O Brasil, nessa posição, estava na vanguarda. E essa vanguarda nós perdemos. Mas é importante salientar que nós temos dados de que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, as empresas jornalísticas procuram profissionais formados.
ComArte: A partir desta decisão do Supremo Tribunal, qual você considera o grande incentivador de se procurar a graduação em jornalismo?
Sônia Bertol: Eu diria que quem gosta do jornalismo, quem se sente vocacionado ao jornalismo, não tem outro caminho que não a formação universitária. Se eu fosse jovem e gostasse da área do jornalismo, decidisse que essa seria a área em que eu queria me profissionalizar, sem sombra de dúvidas eu iria buscar o conhecimento na faculdade, porque nós vivemos na sociedade do conhecimento, e se o diploma já não nos ampara, pelo menos o conhecimento terá que nos amparar.
Confira mais opiniões sobre este tema:
1. FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas)
2. FIJ (Federação Internacional dos Jornalistas)
3. ABI (Associação Brasileira de Imprensa)
4. Maxwell dos Santos
Sônia Bertol: Como o próprio presidente da ABERT (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) falou em entrevista, funções específicas do jornalismo, como editor, repórter, secretário de redação, etc., vão continuar sendo ocupadas por jornalistas, as empresas vão preferencialmente procurar jornalistas para ocupar esses cargos. Segundo a opinião dele, que representa esse segmento do mercado que batalhou muito pela queda do diploma de jornalismo, a questão era com os comentaristas, eles não concebiam que para ser comentarista tinha que ter diploma de jornalista. Então, comentário de economia, futebol, esporte, ciência, na opinião dos representantes do mercado que eu já ouvi, serão imediatamente ocupados por profissionais portadores de qualquer outro diploma.
ComArte: E no âmbito acadêmico, já se podem visualizar mudanças?
Sônia Bertol: Em termos de currículo, nós não sabemos ainda o que deverá mudar nas faculdades, porque nós temos várias entidades importantes – nós somos de uma categoria acadêmica muito organizada e uma categoria profissional também – que já estão reunidas com grandes nomes da comunicação, pensando nesse novo direcionamento que se vai dar.
ComArte: A não-obrigatoriedade do diploma de jornalismo para se exercer a profissão vem encontrando suporte nos exemplos estadunidense e europeu. Como você vê isso?
Sônia Bertol: É uma visão extremamente equivocada a de quem pensa que porque a Europa e os Estados Unidos não exigem diploma de jornalismo o Brasil também não precisa exigir. É exatamente o contrário. O Brasil, nessa posição, estava na vanguarda. E essa vanguarda nós perdemos. Mas é importante salientar que nós temos dados de que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, as empresas jornalísticas procuram profissionais formados.
ComArte: A partir desta decisão do Supremo Tribunal, qual você considera o grande incentivador de se procurar a graduação em jornalismo?
Sônia Bertol: Eu diria que quem gosta do jornalismo, quem se sente vocacionado ao jornalismo, não tem outro caminho que não a formação universitária. Se eu fosse jovem e gostasse da área do jornalismo, decidisse que essa seria a área em que eu queria me profissionalizar, sem sombra de dúvidas eu iria buscar o conhecimento na faculdade, porque nós vivemos na sociedade do conhecimento, e se o diploma já não nos ampara, pelo menos o conhecimento terá que nos amparar.
Confira mais opiniões sobre este tema:
1. FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas)
2. FIJ (Federação Internacional dos Jornalistas)
3. ABI (Associação Brasileira de Imprensa)
4. Maxwell dos Santos
0 comentários:
Postar um comentário