sábado, 20 de junho de 2009

O Fim do Diploma

Por Felipe Keller

M

Com o fim da regulamentação do Diploma de Jornalismo, na última quarta-feira, dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF), por oito votos a um mostrou claramente a reprovação direta de Jornalistas e acadêmicos da área. A perspectiva a partir de agora é estabelecer como será o trabalho dos sindicatos e profissionais de Jornalismo em relação aos cursos nas Universidades. Para isso, a ComArte conversou com o Professor da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo, Prfº. Dr. Otavio Klein.


Com Arte: O que perde diretamente o Jornalista com a desregulamentação do Diploma?

Prof. Otavio: Bem, numa perspectiva mundial de flexibilidade dos trabalhistas, o jornalista perdeu para grandes forças de trabalho. O Jornalista perde os seus direitos e alguns privilégios. Mas quem perde é Jornalista num sentido geral. Foi uma grande vitória do poder econômico no campo da mídia. E este poder foi mais forte que os jornalistas e do jornalismo. Houve a vitória do capitalismo mediatico.


Com Arte: A sua opinião sobre a união da categoria?

Prof. Otavio: Não acordou-se para a briga de forças nem jornalistas, nem faculdades. Mas resta agora fazer valer a qualificação sobre o Diploma, fazer valer a qualificação do conhecimento, melhor e mais capacitada na perspectiva de fazer um bom jornalismo.


Com Arte: A extinção da lei de imprensa foi um pré-anuncio para o fim do diploma?

Prof. Otavio: Não, por que eram coisas diferentes, a lei de imprensa vem da ditadura e o diploma não tinha isso, por que o diploma é uma ação especifica.


Com Arte: Futuro do curso nas Universidades?

Prof. Otavio: A qualificação é importante e a certificação que ele tem como curso superior continua. As quatro funções do jornalista: Redator, noticiorista, repórter, repórter de setor. Conforme a Lei 83120084 de 197, do artigo II. Estas restritivas ao curso superior.


Com Arte: Como você observou a ação das grandes mídias?

Prof. Otavio: Vejo que eles triunfaram. E infelizmente jornalistas coniventes com empresas de tudo que é vinculado.

0 comentários: