sábado, 4 de julho de 2009

Em busca da evolução



Luciele Copetti

Leci Helena Cervo Zamberlan, 52 anos, aposentada, participa dos Grupos da Terceira Idade de Passo Fundo – RS. No CREATI (Centro Regional de Estudos e Atividades para Terceira Idade) pratica aulas de yoga, já no DATI (Departamento de Apoio à Terceira Idade) dá sequencia pelo segundo ano consecutivo às aulas de informática. Com bom humor encara as mudanças das novas tecnologias e não quer perder tempo. Ao lado do computador, o caderno e a caneta, anota todas as dicas e informações.

ComArte – Como começou a sua história nestes grupos e a procura pela oficina de informática?

Eu e a minha amiga, que está sempre ao meu lado, nós tivemos um câncer de mama, então procuramos o CREATI, indicadas pelo médico, para fazermos aulas de yoga. A yoga ajuda muito a combatermos o câncer de mama. Ajuda a relaxar a mente, e consequentemente se a mente está descansada, o corpo não adoece.
A oficina de informática pelo DATI aqui na UPF, conseguimos através de amigos, porque algumas pessoas desistiram. Nós adoramos vir pra cá, é como se nós fossemos uma estudante da UPF (risos). Dá um ânimo em nós. Uma qualidade de vida. Renova e é muito bom. Porque nós que somos aposentadas, ficar em casa não dá. Então sentimos como se estivéssemos voltado no tempo. No tempo em que éramos uma colegial. ‘Estou estudando. Sou aluna da UPF’. Então isso é gratificante (risos)!

ComArte – Como você percebe a sociedade de hoje em relação a 20 anos atrás?

Eu acho que está tudo mais evoluído. A gente consegue perceber as coisas melhores. Tem uma interatividade que antes não tínhamos. A informação está mais ágil também.

ComArte – Qual a sua relação com estas novas tecnologias (computador, internet, celular com câmera de vídeo, MP3...)?

MP3 eu vou ser bem sincera (risos), eu só vejo os meus filhos usarem. Mas tentamos sempre se aprimorar mais. Eu fiz informática e sempre aprendemos coisas diferentes. Coisas que precisamos no nosso dia-a-dia. Então eu acho que está cada vez melhor.

ComArte – O curso de informática ajuda na inserção dessa nova sociedade?

Com certeza ajuda, porque se nós não evoluirmos com isso a gente fica atrasada. Então com certeza ajuda bastante. Ajuda em tudo. As fotos no computador, por exemplo, que antes eram naquela máquina diferente, eram fotos diferentes, uma máquina antiga. Agora com essa máquina digital você passa tudo para o computador e a qualidade é melhor. A comunicação com as pessoas distantes da família fica mais fácil, fica mais fácil mandar mensagens e se comunicar. E também estas mensagens que recebemos por e-mail ajudam muito para a nossa reflexão. Ah... tudo é bom (risos)!

ComArte – O que essas novas tecnologias trouxeram que hoje para você é indispensável?

O computador é indispensável. Essa máquina é indispensável porque ajuda em tudo. Antes era uma tecnologia diferente, a máquina de escrever, a datilografia e agora com o computador auxilia em tudo.

ComArte – Qual foi a tecnologia que mais chamou a sua atenção nestes últimos anos?

O computador. Porque eu estou me aprofundando mais, batalhando e persistindo. Esse é o meu segundo ano no curso. Então sempre tem coisas novas e diferentes para aprendermos. O meu filho diz: “mãe de novo você fazendo informática”. Mas são coisas novas. Por exemplo, agora, a professora está ensinando como anexar arquivos que eu não sabia. São estas coisas que precisamos aprender e que nos ajudam a evoluir.

ComArte – Quais são as coisas que você aprendeu nestes dois anos e que repassa para seus amigos?

Receber e enviar mensagens. Digitar textos. Anexar arquivos, abrir pastas. Tudo isso aprendi e é muito bom. E tem muito mais coisas que eu quero aprender, para não ficar apenas no básico.

ComArte – Como você vê a nossa sociedade daqui 10 anos com toda essa tecnologia?

Bah... eu acho que daqui 10 anos vai ser bem mais evoluído (risos), bem diferente. Eu nem imagino. Eu acho que o computador vai ser substituído, como a máquina de escrever foi substituída.


Veja: alvos da tecnologia


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